Além das matrizes (leia a parte superior em negrito - texto renovado em 13/03/2018)

O conhecimento sobre Maya é a chave para a libertação de todo sofrimento

Vivemos em uma realidade ilusória, numa matrix polarizada negativamente e que agora está sendo desfeita, para o surgimento irrevogável de uma nova matrix, positivamente dirigida onde, os que assim desejarem, terão a oportunidade de desenvolvimento mais acelerado, num ambiente livre das limitações da pesada tridimensionalidade forjada e dos bloqueios do DNA, a que fomos expostos nesses últimos treze milênios.

Os que persistiram arraigadamente em seus propósitos egoísticos terão de partir, com a finalidade de aprender o que aqui não puderam nesse período.

Não foi, de forma alguma, tempo perdido para aqueles que triunfaram num ambiente tão restritivo, pelo contrário, os que aqui experenciaram a dualidade bruta e sentiram na carne os seus efeitos, o fizeram com seu livre consentimento e angariaram enorme sabedoria e poder, postando-se aptos a ser extremamente úteis no gerenciamento de realidades afins.

Mas, a despeito de estarmos nos transladando para uma existência mais feliz, onde teremos todas as nossas capacidades mentais, memoriais e espirituais restituídas, não estaremos nada mais do que nos transferindo para uma nova matrix.

Estaremos sempre presos à infinitas matrizes, no decorrer da evolução?

A resposta é sim e não. Em um certo ponto da jornada, quando nos libertarmos dos desejos mentais, seremos criadores dessas realidades ilusórias, para que outras emanações da Fonte se desenvolvam, estaremos, ao mesmo tempo, vivenciando-as e supervisionando-as.

Não é tão simples um ser chegar a esse ponto, uma vez que para isso, há que se desvencilhar de todo o Maya ou ilusão. A ilusão, à qual nos referimos, não se trata da ilusão matricial e sim da ilusão do ego.

Quanto mais se vive para ascencionar à todos, mais o indivíduo se desperta do engodo egoico; quanto mais se vive para benefício próprio, mas se agarra à ele.

O crescimento está na união, na integração, a paralisia está no culto à personalidade manifesta, a expressão fragmentada e falsamente separada da Fonte.

O "Eu sou" nada mais é do que o poder magnânimo multidimensional que reside em cada um, sem formas, acima de qualquer pensamento, uma vez que o filho tem as qualidades do Pai. Deve-se saber "quem É", e do poder que reside em si, mas com o altruísmo puro, como a expressão da Fonte original, objetivo inalcansável para a quase totalidade de nós.

Mesmo o asceta mais fervoroso, que medita por toda a vida para atingir o nirvana, mesmo o religioso mais praticante, que almeja o céu, não alcançarão a verdadeira liberdade, porquanto suas intenções e desejos de ascensão ainda se identificam com o ego.

Essa é a diferença de um Mestre Ascenso para o restante, o domínio da ilusão egoica. Não obstante ainda manterem sua individualidade, seus pensamentos são unificados com o todo, unificados com a Fonte, comprometidos com o progresso de bilhões. Eles se vêem integrados com toda a expressão, compreendendo a dualidade e a sua necessidade para o desenvolvimento espiritual, nunca julgando, sempre cooperando, externando Amor puro e altruísta.

Vale aqui um parêntese de extrema importância: o domínio da ilusão do ego não significa uma anulação do ser, do "EU Superior", como alguns textos esotéricos pretendem sugerir, significa apenas uma mudança para um nível vibracional superior, sem a perda da identidade espiritual.

Não significa também uma aniquilação da vontade, uma nulificação do eu, que passa a representar apenas uma expressão pura e simples de uma Fonte superior, sem atributos próprios. A vontade é uma das qualidades maiores dos Mestres Ascencionados e dos Seres Logóicos que, aliada a ação, produz toda a matrix universal. A vontade se mescla intimamente com o desejo, ou seja, a Fonte ou Logos dá vida às suas realidades, e suas criações se desenvolvem à partir desse atributo que, posteriormente, serão "materializadas" por meio de outra capacidade Sua: a ação.

Mestre Buda afirmou que a ascensão depende da eliminação de todo o desejo. O problema disso á que a perda do elemento desejo inclui a perda também da vontade o que originaria uma destruição do Ser vivente, que resultaria num ente abúlico, sem manifestação ativa em plano algum. No máximo, resultaria num robô remotamente controlado, que não contribuiria em nada com a diversidade na expressão universal.

Faltou especificar que quando se elimina a fixação no ego desses planos dimensionais inferiores, o que ocorre é a elevação de uma tríade espiritual para um nível vibracional mais alto, para dimensões mais sutis, onde o desejo e a vontade ainda existem, onde o Eu Superior, ainda atua com vontade e ação, assim como a Fonte, mas onde os objetivos são altruístas, baseados no Amor puro, e visam a expansão consciencial de todos, inclusive de Si próprio e de suas criações.

Somos uma centelha do Pai (a Fonte) e não fomos criados para ser simplesmente uma cópia mimética simples e pura de ninguém. Estamos aqui para ascendermos e criarmos nossos próprios e originais universos colaborando, inclusive, para a expansão do próprio Pai.

Para dissipar qualquer dúvida nesse sentido olhemos para cima, se a Fonte se expressa através da vontade (desejo) e ação, porque seria errado nós, seus filhos, suprimirmos esses substantivos essenciais?

Esse é o propósito universal, nos tornar também uma Fonte, dando origem a realidades ímpares contribuindo, inclusive, para a expansão consciencial da própria Fonte primordial.

Para finalizar, é fácil deduzir o correto, fazendo uso da sagrada intuição: o desejo deve existir, a vontade deve ser manifestada e a ação concretizada, mas sempre, sempre e sempre, a favor do bem e do progresso de todos, na compreensão da unicidade, na expressão do mesmo Amor que nos originou.

Vamos citar um texto de suprema elevação que, lido com certa discrição, nos ajuda a ascencionar para a tríade mais sutil:

"Maya - É ilusão do Ser, a ilusão do Ego

Como humanos, a maioria de nós vive imerso em nossas vidas cotidianas, com pouca ideia de quem somos, por quê estamos aqui, ou para onde estamos indo.

A maioria de nós nunca realizou o verdadeiro Ser, a alma ou o que Buda chamou de Annata, aquilo que está além de nomes e formas, além do pensamento.

Como resultado acreditamos que somos esses corpos limitados.

Vivemos no medo, consciente ou inconsciente de que a estrutura limitada do Ser que estamos identificados, irá morrer.

No mundo de hoje a maioria das pessoas que estão empenhadas em práticas religiosas ou espirituais como yoga, oração, meditação, cânticos ou qualquer tipo de ritual, estão praticando técnicas que são condicionadas. O que significa que são apenas parte das construções do ego.

A busca e a atividade não é o problema.

Pensar que você encontrou a resposta em alguma forma externa é o problema.

Espiritualidade em sua forma mais comum não é diferente do pensamento patológico, que está acontecendo em todos os lugares.

É mais uma agitação da mente.

Mais afazeres humanos, em oposição a "ser" humano.

A construção do ego quer mais dinheiro, mais poder, mais amor, mais de tudo.

Aqueles no chamado caminho espiritual desejam ser mais espirituais, mais despertos, mais equânimes, mais pacíficos, mais iluminados, atividades ainda ligadas ao ego.

O perigo de você ler esse texto é que sua mente vai querer alcançar Samadhi, a verdadeira libertação da ilusão egoica.

Ainda mais perigoso é que sua mente pode pensar que alcançou Samadhi.

Sempre que há um desejo de alcançar algo você pode ter certeza de que é a construção do ego trabalhando.

Samadhi não é sobre alcançar ou acrescentar qualquer coisa para si mesmo.

Realizar o Samadhi é aprender a morrer antes de você morrer.

Vida e morte são como yin e yang - um continuum inseparável.

Incessantemente desdobrando, sem começo nem fim.

Quando afastamos a morte, também afastamos a vida.

Quando você experimenta diretamente a verdade de quem você é, não há mais medo da vida ou da morte.

Somos informados de quem somos pela nossa sociedade e nossa cultura e, ao mesmo tempo, somos escravos do profundo desejo biológico inconsciente e aversão que governam nossas escolhas.

A construção do ego não é mais do que o impulso de repetir.

É simplesmente o caminho que a energia tomou uma vez e a tendência da energia a tomar esse caminho novamente, Seja positivo ou negativo para o organismo.

Existem infinitos níveis de memória ou mente, espirais dentro de espirais.

Quando a sua consciência se identifica com essa mente ou construção do ego, ela lhe prende ao condicionamento social, que você pode chamar de matrix.

Há aspectos do ego de que podemos estar conscientes, mas é o inconsciente, a fiação arcaica, os medos existenciais primitivos, que estão realmente dirigindo toda a máquina.

Padrões infinitos relacionados a buscar o prazer e evitar a dor são sublimados em comportamentos patológicos... nosso trabalho... nossos relacionamentos... nossas crenças, nossos próprios pensamentos e todo o nosso modo de viver.

Como gado, a maioria dos seres humanos vive e morre em subjugação passiva, alimentando suas vidas para a matrix.

Vivemos vidas trancadas em padrões limitados.

Vidas muitas vezes cheias de grande sofrimento, e nunca nos ocorre de podermos realmente tornar-se livres.

É possível abandonar a vida que foi herdada do passado, para viver aquela que está esperando para vir através do mundo interior.

Todos nós nascemos neste mundo com estruturas biológicas condicionadas, mas sem auto-consciência.

Muitas vezes, quando você olha para os olhos de uma criança, não há vestígio do Ser, apenas um vazio luminoso.

A pessoa que se desenvolve é uma máscara usada sobre a consciência.

Shakespeare disse: "O mundo inteiro é um palco, e todos os homens e mulheres não passam de meros atores".

Em um indivíduo desperto, a consciência brilha através da personalidade, através da máscara.

Quando você está desperto, você não se identifica com seu personagem.

Você não acredita que é as máscaras que está vestindo.

Mas também não desiste de desempenhar um papel.

Quando estamos identificados com o nosso personagem, nossa personalidade, isto é Maya, a ilusão do Ser.

Samadhi é despertar do sonho do personagem no jogo da vida.

Dois mil e quatrocentos anos depois que Platão escreveu A República, a humanidade ainda está saindo da caverna de sua obra.

Na verdade, podemos estar mais fascinados por ilusões do que nunca.

Platão tinha um relato de Sócrates sobre um grupo de pessoas que viviam acorrentadas em uma caverna por todas as suas vidas, de frente para uma parede em branco.

Tudo o que podiam ver eram sombras projetadas na parede pelas coisas que passavam diante de um fogo que estava atrás deles.

Este show de marionetes se torna o mundo deles.

De acordo com Sócrates, as sombras eram tão próximas que os prisioneiros jamais conseguiriam ver a realidade.

Mesmo depois de serem informados sobre o mundo exterior, eles continuaram a acreditar que as sombras eram tudo o que havia.

Mesmo se eles suspeitassem que havia algo mais, eles não estavam dispostos a deixar o que era familiar.

A humanidade hoje é como as pessoas que só viram as sombras na parede da caverna.

As sombras são análogas aos nossos pensamentos.

O mundo do pensamento é o único mundo que conhecemos.

Mas há outro mundo que está além do pensamento.

Além da mente dualista.

Você está disposto a sair da caverna, para deixar tudo o que você tem conhecido, para descobrir a verdade de quem você é?

Para experienciar Samadhi é necessário desviar a atenção das sombras, dos pensamentos em direção a luz.

Quando uma pessoa é acostumada somente à escuridão, então deve gradualmente acostumar-se à luz.

Como aclimatizar a qualquer novo paradigma leva tempo e esforço, e uma vontade de explorar o novo, bem como largar o velho.

A mente pode ser comparada a uma armadilha para a consciência, um labirinto ou uma prisão.

Não é que você está na prisão, você é a prisão.

A prisão é uma ilusão.

Se você se identifica com um eu ilusório, então você está dormindo.

Uma vez que você está ciente da prisão, se você luta para sair da ilusão, então você está tratando a ilusão como se fosse real e você ainda permanece dormindo, só que agora o sonho se torna um pesadelo.

Você estará perseguindo e fugindo de sombras para sempre.

Samadhi é despertar do sonho do eu separado ou a construção egoica.

Samadhi é despertar da identificação com a prisão que chamo de EU.

Você nunca pode ser realmente livre, enquanto não se libertar desse Maya, porque onde quer que vá sua prisão está lá.

Despertar não se trata de se livrar da mente ou da matrix, pelo contrário; quando você não está identificado com ele, então você pode experimentar o jogo da vida mais plenamente, apreciando o show como ele é, sem desejo ou medo.

Nos antigos ensinamentos isso era chamado de jogo divino de Leila: o jogo de jogar na dualidade.

A consciência humana é um continuum.

Em um extremo, os seres humanos estão identificados com o eu material.

No outro extremo está o Samadhi, a cessação do eu.

Cada passo que damos no continuum em direção ao Samadhi traz menos sofrimento.

Menos sofrimento não significa que a vida está livre da dor.

Samadhi está além da dualidade de dor e prazer.

O que significa é que há menos mente, menos EU criando resistência a tudo o que se revela, e essa resistência é o que cria sofrimento.

Realizar Samadhi ao menos uma vez permite que você veja o que está na outra extremidade do continuum.

Para ver que há algo além do mundo material e interesse próprio.

Quando há uma cessação real da estrutura do eu em Samadhi não há pensamento egoico, nenhum EU, nenhuma dualidade ainda haja o "eu sou", annata ou nenhum self.

Nesse vazio está a aurora do prajna ou da sabedoria - a compreensão de que o Ser imanente está muito além do jogo da dualidade, além de todo o continuum.

O Ser imanente é atemporal, imutável, sempre agora.

A iluminação é a fusão da espiral primordial, do mundo manifestado ou do lótus em constante mutação, no qual o tempo se desdobra, com o seu Ser atemporal.

Sua fiação interna cresce como uma flor desdobrante enquanto você se desidentifica com o eu, tornando-se uma ponte viva entre o mundo do tempo e o atemporal.

Meramente realizar o Ser imanente é apenas o começo de um caminho.

A maioria das pessoas terá que experimentar e perder Samadhi inúmeras vezes em meditação antes que sejam capazes de se integrar em outras facetas da vida.

Não é incomum ter profundas percepções sobre a natureza do seu Ser durante a meditação, ou auto-investigação, apenas para encontrar-se novamente caindo de volta em velhos padrões, esquecendo a verdade de quem você é.

Para realizar essa quietude ou o vazio em cada faceta da vida, cada faceta de si mesmo, é tornar-se o vazio dançando como todas as coisas.

Quietude não é algo separado do movimento.

Não é oposto ao movimento.

Em Samadhi a quietude é reconhecida como sendo idêntica ao movimento, a forma é idêntica ao vazio.

Isso é sem sentido para a mente porque a mente é o surgimento da dualidade.

Rene Descartes, o pai da filosofia ocidental, é famoso pelo provérbio:

"Penso, logo existo."

Nenhuma outra frase resume de forma mais clara a queda da civilização e a total identificação com as sombras na parede da caverna.

O erro de Descartes, como o erro de quase todos os seres humanos, era igualar o Ser fundamental com o pensamento.

No início de seu tratado mais famoso, Descartes escreveu que quase tudo pode ser posto em dúvida; Ele pode duvidar de seus sentidos e até de seus pensamentos.

Da mesma forma, no Kalama Sutra, o Buda disse que, a fim de apurar a verdade, deve-se duvidar de todas as tradições, escrituras, ensinamentos e todo o conteúdo da mente e dos sentidos.

Ambos começaram com grande ceticismo, mas a diferença foi que Descartes parou de perguntar ao nível do pensamento, enquanto o Buda se aprofundava e penetrava além dos níveis mais profundos da mente.

Talvez se Descartes fosse além de sua mente pensante, ele teria percebido a sua verdadeira natureza e a consciência ocidental seria muito diferente hoje.

Em vez disso, Descartes descreveu a possibilidade de um demônio maligno que poderia estar nos mantendo sob um véu de ilusão.

Descartes não reconheceu esse demônio diabólico pelo que era.

Como no filme Matrix, todos nós poderíamos estar ligados a algum programa elaborado, criando um ilusório mundo de sonhos.

No filme, os seres humanos viveram suas vidas na matrix, enquanto em outro nível eles eram meramente baterias, alimentando sua força vital para as máquinas que usavam sua energia para sua própria programação.

As pessoas sempre querem culpar algo fora de si mesmos pelo estado do mundo ou pela sua própria infelicidade.

Quer seja uma pessoa, um grupo ou país em particular, uma religião, ou de algum tipo de Illuminati de controle, como o demônio diabólico de Descartes, ou as máquinas sencientes na Matrix.

Ironicamente, o demônio que Descartes imaginava era exatamente o que ele próprio se definia.

Quando você realiza o Samadhi, fica claro que há um controlador, há uma máquina, um diabo demoniando sua vida dia após dia.

A máquina é você.

Sua estrutura é composta de muitos pequenos sub-programas condicionados ou pequenos patrões.

Um pequeno patrão que anseia comida, outro anseia dinheiro, outro status, postura, poder, sexo, intimidade.

Outro quer a consciência ou a atenção dos outros.

Os desejos são literalmente infinitos e nunca podem ser satisfeitos.

Gastamos muito tempo e energia decorando nossas prisões, sucumbindo às pressões para melhorar nossas máscaras, e alimentando os patrões, tornando-os mais poderosos.

Como os viciados em drogas, quanto mais tentamos satisfazer os patrões, mais acabamos desejando.

O caminho para a liberdade não é auto-aperfeiçoamento, ou de alguma forma satisfazer o planejamento do eu, mas é uma queda do planejamento do eu completamente.

Algumas pessoas temem que despertar sua verdadeira natureza significa que eles perderão sua individualidade e gozo da vida.

Na verdade, o oposto é verdadeiro; A única individuação da alma só pode ser expressa quando o eu condicionado é superado.

Porque permanecemos adormecidos na matrix, a maioria de nós nunca descobre o que a alma realmente quer expressar.

O caminho para Samadhi envolve meditação, que é tanto observar o eu condicionado: o que muda, e realizando a sua verdadeira natureza: o que não muda.

Quando você chegar ao seu ponto inerte, a fonte de seu Ser, então você espera mais instruções, sem qualquer insistência de como o seu mundo exterior tem de mudar.

Não a minha vontade, mas a vontade superior, seja feita.

Se a mente só tenta mudar o mundo exterior para sujeitar-se a alguma ideia do que você acha que o caminho deve ser, é como tentar mudar a imagem em um espelho, manipulando a reflexão.

Para fazer a imagem em um espelho sorrir você obviamente não pode manipular a reflexão, você tem que realizar o "você" que é a fonte autêntica da reflexão.

Uma vez que você realiza o eu autêntico, isso não significa que qualquer coisa no exterior necessariamente precisa mudar.

O que muda é a energia interior, consciente, inteligente, ou prana, que é liberta dos padrões condicionados e torna-se disponível para ser direcionada pela alma.

Você só pode tornar-se consciente do propósito da alma quando você é capaz de observar o eu condicionado e suas intermináveis perseguições, e deixá-los ir.

Na mitologia grega, foi dito que os deuses condenaram Sísifo a repetir uma tarefa sem sentido por toda a eternidade.

Sua tarefa era empurrar sem parar uma pedra montanha acima, só para depois deixar rolar montanha abaixo novamente.

O existencialista francês e autor vencedor do Prêmio Nobel, Albert Camus, viu a situação de Sísifo como uma metáfora para a humanidade.

Ele fez a pergunta: "Como podemos encontrar significado nesta existência absurda?".

Como humanos estamos trabalhando sem parar, construindo para um amanhã que nunca chega, e então morremos.

Se verdadeiramente realizarmos essa verdade, ou nos tornaremos loucos se formos identificados com nossas personalidades egoicas, ou então despertaremos e nos tornaremos livres.

Nunca poderemos ter sucesso na luta externa, porque é apenas um reflexo do nosso mundo interior.

A piada cósmica, o absurdo da situação torna-se claro quando há um completo e absoluto fracasso do eu egoico para despertar através de suas buscas fúteis.

No Zen há um ditado: "Antes da iluminação corte madeira, carregue água.

Após a iluminação, corte madeira, carregue água."

Antes da iluminação é preciso rolar a bola morro acima. Após a iluminação, também é preciso rolar a bola morro acima.

O que mudou?

A resistência interior ao que é.

A luta foi abandonada, ou melhor, a pessoa que luta foi percebida como ilusória.

A vontade individual ou a mente individual e a vontade divina, ou mente superior, estão alinhadas.

Samadhi é, em última análise, uma queda de toda a resistência interior a todos os fenômenos mutáveis, sem exceção.

Aquele que é capaz de realizar a paz interior, independente da circunstância, atingiu o verdadeiro Samadhi.

Você abandona a resistência não porque aceita uma coisa ou outra, mas para que sua liberdade interior não dependa do exterior.

É importante comentar que quando aceitamos a realidade como ela é, não significa necessariamente que paramos de agir no mundo, ou nos tornamos meditadores pacifistas.

Na verdade, o oposto pode ser verdade; Quando somos livres para agir sem ser movidos por motivos inconscientes, então é possível agir em alinhamento com o Tao, com toda a força de nossa energia interior atrás de nós.

Muitos vão argumentar que, a fim de mudar o mundo e trazer a paz, precisamos lutar mais duramente contra os nossos inimigos percebidos.

Lutar pela paz é como gritar pelo silêncio; Apenas cria mais do que você não quer.

Hoje há guerra contra tudo: a guerra contra o terrorismo, uma guerra contra a doença, uma guerra contra a fome.

Toda guerra é na verdade uma guerra contra nós mesmos.

A luta é parte de um delírio coletivo.

Dizemos que queremos a paz, mas continuamos a eleger líderes que se engajam na guerra.

Mentimos a nós mesmos dizendo que defendemos os direitos humanos, mas continuamos a comprar produtos feitos em fábricas.

Dizemos que queremos ar puro, mas continuamos a poluir.

Queremos que a ciência nos cure do câncer, mas não mudamos nossos comportamentos habituais autodestrutivos que nos tornam mais suscetíveis a adoecer.

Nos iludimos que estamos promovendo uma vida melhor.

Não queremos ver nossas partes ocultas que estão tolerando o sofrimento e a morte.

A crença de que podemos ganhar uma guerra contra o câncer, a fome, o terror ou qualquer inimigo que foi criado por nosso próprio pensamento e comportamento, na verdade nos permite continuar iludidos que não temos de mudar a forma como agimos neste planeta.

O mundo interior é onde a revolução deve primeiro acontecer.

Somente quando pudermos sentir diretamente a espiral da vida interior, o mundo exterior entrará em alinhamento com o Tao.

Até lá, qualquer coisa que façamos contribuirá para o caos já criado pela mente.

Guerra e paz surgem juntos em uma dança sem fim; Eles são um contínuum.

Uma metade não pode existir sem a outra.

Assim como a luz não pode existir sem escuridão, e acima não pode existir sem abaixo.

O mundo parece querer luz sem escuridão, plenitude sem vazio, felicidade sem tristeza.

Quanto mais a mente se envolve, mais fragmentado o mundo se torna.

Cada solução que vem da mente egoica é impulsionada pela idéia de que há um problema, e a solução se torna um problema ainda maior do que o que estava tentando resolver..."

Texto extraído do filme Samadhi Movie, 2017 - Part 1 - "Maya, the Illusion of the Self" do canal do Youtube AwakenTheWorldFilm - link: https://www.youtube.com/channel/UCmzsYSXn3zdCsLS063oCt8w

Sinceros desejos de Ascensão

Conscendo Sodalitas

PS: O filme abaixo possui legendas em português; para visualizá-las, ative-as.