O Silêncio da Mente

A importância do controle sobre os pensamentos


Saudações aos fráteres e sórores da Conscendo,

O habitante da Terra acostumou-se a manter sua mente em constante atividade, nunca concedendo-lhe trégua ou descanso. Um pensamento segue o outro, em uma linha contínua e aparentemente interminável. Em sua maioria, são pensamentos triviais, preocupações com as necessidades diárias, o trabalho, a sobrevivência, impostos a serem pagos, proventos a serem recebidos, entre outros.

Há também aqueles que dedicam parte de seu tempo a pensamentos de ordem espiritual, a projetos altruísticos e de ascensão.

Em todo caso, é vital que os fráteres compreendam que a mente é uma ferramenta útil, mas também uma armadilha, pois obscurece os corpos de densidades superiores. A mente deve ser vista como um meio, um instrumento, e não como um fim em si mesmo.

A intuição, associada ao chakra coronário, e o amor desinteressado, ligado ao chakra cardíaco, dependem mais da vontade e da percepção interna da unidade do que de raciocínios intelectuais. O membro da Conscendo deve aprender a silenciar seus pensamentos, a paralisar a mente, para poder discernir a voz das densidades cósmicas, de frequências mais elevadas.

Aquele que não é treinado no bloqueio do pensamento está destinado a cair na armadilha de sua própria mente, tanto agora, quanto após se desvencilhar dos laços físicos da densidade terrena.

A mente pouco treinada do fractal que experimenta a realidade terrena tem sua intuição fortemente atenuada, privando-se de uma de suas mais poderosas ferramentas nas batalhas diárias: a conexão com seu Eu Infinito. Este é seu maior e mais valioso aliado, pronto para oferecer orientação e assistência.

Nossos concidadãos da Conscendo têm consciência de que, depois de um tempo variável, após cortados os vínculos com a matrix da Terra, nos encontraremos em uma densidade mais sutil, mais conectada à Fonte, onde nossos pensamentos se tornam realidade instantaneamente.

O destino, no qual adentramos após o desenlace, depende de vários fatores, como crenças religiosas anteriores, valores sociais, sentimentos de culpa, justificáveis ou não, e, principalmente, da nossa concepção do que nos aguarda no "pós-vida". Se concebermos a ideia de nos direcionarmos a uma cidade astral, dedicando-nos a um trabalho infindável, de maneira semelhante ao que realizamos na realidade terrena, então é para lá que nos dirigiremos. Por outro lado, se imaginarmos um pós-desenlace envolto por um céu repleto de anjos tocando harpas, essa visão se tornará "real" e assim por diante.

Devemos compreender que tudo isso é uma armadilha da mente mal treinada, uma cilada criada por nós mesmos que nos aprisionará em um mundo de sonhos, formado por nossos próprios pensamentos e desejos.

Para ilustrar melhor o problema, consideremos o exemplo de uma senhora benevolente, uma cristã fervorosa que lia a bíblia diariamente. Após o "desenlace físico", ela criou um mundo no qual era uma discípula direta de Jesus, seguindo-o ininterruptamente e ouvindo seus ensinamentos com a maior atenção. Embora fosse uma ilusão, ela a considerava como real. Assim, passou todos os anos pós-desencarne em uma fantasia onírica, sentindo-se feliz seguindo seu mestre artificial. Entretanto, esse descanso pouco contribuiu para expandir sua consciência; pelo contrário, pode tê-la prendido mais ainda à nossa conhecida matrix, tornando-a bem mais fanática para a próxima jornada terrena.

O fráter da Conscendo precisa ir além, criando seus próprios universos e preservando a capacidade de distinguir entre o que é sua criação e o que é de outrem. Deve manter a habilidade de silenciar a mente para explorar o universo real que o rodeia, visitando mundos idílicos inimagináveis, entrando em contato com seres mais sábios, consultando os registros akáshicos e fazendo uso ilimitado de sua consciência.

Embora tenhamos o direito de repousar entre uma e outra incursão em matrizes mais densas, é crucial fazê-lo conscientemente, distinguindo entre nossas próprias criações e as alheias. Caso contrário, mergulharemos em um sonho delirante auto-gerado, uma prisão construída por nossas próprias fantasias.

Podemos usar nosso poder criativo para construir um universo maravilhoso, mas isso deve ser feito de maneira consciente. Para perceber os universos dos demais fractais, após o desenlace, devemos nos abster de nossos próprios pensamentos, silenciando-os. Somente então poderemos ter o domínio desse meio, captando as criações dos outros fragmentos da Fonte e trocando informações valiosas com os já libertos, vivenciando novas experiências com amigos em seus mundos, o que nos auxiliará significativamente na expansão da consciência.

Silenciar a mente é "pensar com o coração", ressoando com a vibração universal. Deve-se evitar os pensamentos concretos do mundo das formas, emanando amor puro e unidade a partir do chakra do coração. A via mais adequada para treinar o bloqueio mental voluntário é a prática da meditação.

Sinceros desejos de Ascensão
Conscendo Sodalitas