A Matrix e os Bots

Os Seres Não Reais


Muitos dos jogos de vídeo-game atuais operam da seguinte maneira: um desafio em um mundo fictício é simulado por um software avançado, hospedado em um computador central, na sede da empresa que o desenvolveu. Vários jogadores, de todas as partes do mundo, se conectam a esse computador para competir uns contra os outros. Muitas vezes, jogadores virtuais, criados pelo software do jogo, são introduzidos para proporcionar uma experiência mais rica e emocionante aos jogadores reais que estão online e conectados. Esses jogadores virtuais são chamados de "bots" e, às vezes, são indistinguíveis dos jogadores reais, já que são equipados com inteligência artificial, gerenciada pelo software do game, agindo e reagindo de maneira semelhante a qualquer jogador humano.

Este exemplo foi fornecido para ilustrar que a realidade em que nos encontramos funciona de maneira semelhante. Analogamente ao jogo mencionado, temos nossa matrix, que corresponde ao seu software.

A matrix da Terra, assim como todas as outras, é essencialmente uma simulação, um cenário de realidade virtual totalmente imersiva projetado para proporcionar uma experiência expansiva única, através da imposição de limitações e desafios ao nosso Eu Infinito. Ela é primordialmente originada por uma determinada coletividade fractal, em conformidade com seu desejo de expansão da consciência.

De forma análoga, ao software que cria os cenários dos jogos de vídeo em nossos computadores, resultado da criatividade e vontade de seus desenvolvedores, o software de nossa realidade é criado pelo nosso Eu Infinito, dando origem ao teatro eclético de experiências denominado Terra.

Com uma visão mais ampla, Nós mesmos/a Fonte, gerenciamos integralmente essas experiências, seguindo nossa magnânima vontade materializada, com o objetivo de enfrentar, entender e superar os desafios dos mundos limitados das formas.

Da mesma forma que no jogo, também aqui encontramos personagens reais e bots. Pode ser surpreendente, mas muitas das pessoas com as quais interagimos diariamente não possuem alma e são meras criações virtuais da nossa matrix. A diferença crucial entre jogadores reais e virtuais reside na sua ligação eterna com a Fonte.

Esses jogadores fictícios são criados temporariamente pelo software da matrix e desaparecem assim que a atenção do ser real deixa de ser dirigida a eles. Por exemplo, os personagens em uma multidão que você cruza, muitas vezes são irreais, criados apenas para complementar a realidade da matrix. Essas figuras são dissolvidas assim que todos os seres reais deixam de prestar atenção nelas. Se um jogador real começa a interagir mais frequentemente com um bot e lhe dá mais importância em sua experiência, esse bot será dissolvido e recriado pela matrix quantas vezes forem necessárias.

Os bots não possuem consciência como os seres com alma; eles são simplesmente criações temporárias da matrix e ressurgem somente quando são requisitados pelo foco dos seres reais. No entanto, caso um indivíduo real decida investigar os registros de nascimento, filiação e outros documentos do ser irreal, encontrará todos esses detalhes, juntamente com um histórico completo de sua vida pregressa, pois a matrix constrói prontamente todo um passado convincente para esse personagem. Em resumo, essas figuras só existem enquanto alguém real direcionar sua atenção para elas. Segundo alguns informantes, a cada 4 ou 5 pessoas representadas na matrix em um dado momento, apenas uma delas é real.

Às vezes, acontece de um casal ser composto por um ser real e um bot, e também é possível que a matrix dê ensejo à formação de famílias compostas inteiramente por seres reais ou exclusivamente por bots. Para esclarecer qualquer dúvida que alguns possam ter sobre sua própria existência: se você está lendo este artigo neste momento, você não é um bot. Aliás, um bot nem mesmo teria essa dúvida.

No entanto, é mais desafiador determinar se outra pessoa é real ou um bot. Os bots tendem a ser mais passivos em relação ao sistema, não se rebelam contra ele e não demonstram interesse em desvendar os porquês das coisas. Eles não se envolvem em estudos esotéricos e não demonstram interesse em descobrir o propósito de sua existência. No entanto, é importante ressaltar que essas características não são regras absolutas para identificar um bot, pois muitos indivíduos com alma também podem apresentar essas características em algumas ocasiões.

O mesmo princípio se aplica às paisagens e aos reinos animal e vegetal, onde tanto seres reais quanto bots coexistem.

Assim como no jogo mencionado anteriormente, toda a nossa realidade, que serve como palco para nossas experiências e expansão, é irreal, virtual e holográfica... A única coisa genuína são as consciências reais que estão atuando ali.

O mais surpreendente é que tudo ao seu redor, neste exato momento, é uma resposta da matrix à sua atenção. O ambiente no qual você está imerso neste instante só existe como uma reação ao seu foco e deixa de existir assim que você direciona sua concentração para outro ambiente. Como foi mencionado em uma conferência esotérica por Dolores Cannon, para o público que a ouvia: "esse edifício no qual estamos neste momento nem sequer existia uma hora atrás, antes de estarmos aqui presentes."

O conceito de uma realidade simulada, comparável aos jogos de vídeo-game, se estende para além das interações humanas, abrangendo toda a nossa experiência vivencial. As paisagens, cidades e ambientes naturais que percebemos são igualmente parte da simulação. Assim como um jogo de vídeo-game desenha paisagens e cenários em resposta às ações dos jogadores, a matrix da Terra molda nosso ambiente baseada em nossa percepção e interação com o mundo. Esta ideia mostra que a realidade é dinâmica e se adapta constantemente, não apenas em resposta às ações dos fractais reais, mas também em sintonia com seus pensamentos e emoções.

Como cada fractal tem uma visão e uma interpretação particular de seu universo, ele se torna único, e podemos afirmar que cada um de nós é o criador supremo de sua própria matrix.

O que torna toda Consciência infinita e bela é o fato de não haver impossibilidades para suas expectativas e desejos. O nosso Eu Infinito é ilimitado de todas as formas. Sendo assim, é perfeitamente factível para um fractal dotar um bot com a fagulha da existência, por meio de sua vontade, conectando-o consigo mesmo e, dessa forma, ligando-o à Fonte. E o que era virtual, se torna real.

A possibilidade de dotar algo de existência, vinculando-o à Fonte/Nós Mesmos, acontece como descrito anteriormente somente quando analisado pelo ângulo mental. Sob a perspectiva dos planos do não tempo e não espaço, não existe distinção entre o artificial e natural, como obviamente também não existe nada finito ou temporário. Sob essa visão, tudo é holográfico e virtual, tudo é manifestação da mente da Fonte/Nós, sem princípio ou fim, e mesmo os bots das matrizes tem perpetuidade na singularidade atemporal da Fonte/Nós.

A comparação entre a realidade e um jogo de vídeo-game pode ser vista como uma analogia para a jornada da vida. Assim como em um jogo, onde enfrentamos desafios e buscamos superá-los, a nossa existência pode ser vista como uma série de experiências e lições. Cada desafio que encontramos é uma oportunidade para crescer, aprender e expandir nossa consciência. Reconhecer nossa realidade como uma simulação pode ser libertador, pois nos permite encarar a vida com uma perspectiva mais lúdica e experimental. Em vez de sermos aprisionados pelos desafios da vida, podemos abordá-los como oportunidades para evoluir, assim como um jogador que se empenha para superar os obstáculos de um jogo complexo e envolvente.

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