Karma, uma Autocriação

A Ilusão do Karma


Saudações aos fratres e sorores da Conscendo,

O conceito de karma tem sido mal interpretado ao longo das eras pela nossa civilização. Muitas vezes, acreditamos que é uma lei inexorável do universo, onde cada ação provoca uma reação de igual intensidade. No entanto, vamos esclarecer que o karma, como é concebido nas religiões, não existe dessa forma; trata-se de limitações autoimpostas, resultado de interpretações equivocadas do funcionamento universal.

Durante nossa encarnação, as religiões ocidentais nos impõem a carga do pecado, enquanto as religiões orientais falam de karma negativo, que, na verdade, é apenas uma versão do pecado ocidental disfarçada. É fundamental entender que as religiões não são verdadeiros agentes de conhecimento ou libertação espiritual. Aqui na Terra, todas as correntes religiosas têm um objetivo comum: o controle. Seus preceitos estão longe de promover a verdadeira evolução espiritual, funcionando mais como instrumentos de domínio da elite.

Nós somos seres espirituais, e o caminho para a elevação dos nossos princípios divinos não está nas religiões, seitas, mestres ou gurus, nem em nada externo a nós, mas sim no desenvolvimento da nossa intuição pessoal, que deve ser cultivada com uma vontade inabalável.

O karma não é uma regra inflexível do universo; é, na verdade, uma criação individual que surge de sentimentos de culpa e dívida, muitas vezes injustificáveis. Essas culpas são frequentemente incutidas em nós pelas religiões ao longo de nossa jornada.

Ademais, é importante distinguir o karma da sintonia de frequências, onde o fractal que provoca o mal ao próximo acaba atraindo para si, situações baseadas nas mesmas vibrações: "quem agride seu semelhante não pode esperar carinho em troca".

Devemos ter em mente que é impossível passar por uma encarnação sem cometer erros. Estamos aqui para experimentar um jogo, cujo objetivo é adquirir experiência e expansão de consciência por meio das nossas escolhas. Se já soubéssemos todas as decisões corretas, não haveria razão para aqui estarmos.

O que ocorre é que, influenciados pelos dogmas religiosos, acabamos nos sentindo culpados por coisas triviais. Essa culpa injustificada pode nos levar a supor que devamos algo e, consequentemente, a retornar e reencarnar indefinidamente nesta matrix de ilusões.

A matrix terrena é extremamente restritiva, suprimindo maximamente nossas qualidades divinas e atuando como um agente desempoderador. Nossa tarefa é nos libertar de seu jugo. É fundamental compreender que criamos nosso karma mentalmente; portanto, ele é uma ilusão, sendo que apenas nós podemos nos liberar dele.

Sabendo que estamos apenas jogando um jogo e que cabe a nós decidir se continuamos ou não, percebemos que o karma ilusório — ou o sentimento de culpa por nossas escolhas "erradas" — é um dos fatores que nos mantém presos à roda de Samsara, buscando corrigí-las em encarnações futuras. Precisamos nos libertar desses sentimentos de culpa, perdoando nossos ofensores e, principalmente, a nós mesmos, por qualquer ação que consideremos equivocada, com a consciência de que a perfeição é impossível, porquanto mesmo os mais venerados Avatares cometeram lá os seus erros.

Deixe o passado para trás, pois seu ser do passado já não existe mais, liberte-se da culpa, da raiva e dos apegos. Leve apenas o amor, as boas recordações e experiências, e o pretenso karma se dissolverá. O aluno pode passar de ano mesmo acertando apenas 60% das questões em suas provas. As religiões terrenas, no entanto, reprovam até quem acerta 100% em seus testes. Se nos basearmos nesses sistemas, até um desabafo, em um momento de ira, pode ser motivo para punição eterna ou mais algumas encarnações obrigatórias.

Não existe castigo divino inexorável. O universo não visa vingança e penitência. Como justificar a punição de quem já aprendeu a lição e não repetirá mais o erro?

Os nobres fratres e sorores podem perguntar: e quanto aos psicopatas sem remorso, que cometem crimes hediondos sem sentir culpa? Se não sentem culpa, então não acumularão nem mesmo o falso karma, certo? Isso significa que poderão cometer suas maldades egocêntricas sem limites, sem nenhum retorno kármico ou algo que os impeça de realizar atos tão doentios? Respondemos: a maioria dos psicopatas desse tipo são apenas cascas vazias, que romperam total ou quase totalmente seus vínculos com os aspectos superiores de sua existência. Somente assim podem ser considerados psicopatas completos, pois realmente são incapazes de sentir remorso e não possuem diretrizes éticas ou sensibilidade em relação ao sofrimento alheio.

Esses seres ainda fazem parte da manifestação da Fonte, mas de uma forma efêmera e finita, sob o ponto de vista mental. De fato, como não sentem culpa, não são punidas nem mesmo pela própria consciência, uma vez que se desviaram do caminho evolutivo dos fractais da Fonte. Tornaram-se vampiros existenciais limitados, servindo apenas como adendos na manifestação da excessiva dualidade dos mundos mentais mais densos. Elas se originam de almas que seguiram trilhas de egocentrismo extremo e perderam seu vínculo com a Fonte, mesmo continuando a se manifestar em Seu seio. Em algum momento, serão dissolvidas na sopa primordial da Fonte. São manifestações finitas e mortais, sob o ponto de vista mental, diferentemente dos fractais imortais, que mantêm uma ligação com seus aspectos superiores, ou seja, com a Fonte. Esses psicopatas também podem ser meros bots, criações temporárias da matrix.

Mais adiante, discutiremos que algo só pode ser considerado finito ou temporário do ponto de vista mental. Sob uma perspectiva ampliada, nada tem começo nem fim, pois esses conceitos são inexistentes nos planos superiores do não-tempo e não-espaço.

O que realmente prende um fractal ao Samsara não é o karma ilusório, mas, como já mencionado, os sentimentos autoincutidos de culpa e dívida, sensações que servem para baixar a frequência do indivíduo. Dependendo de seu tom vibracional, o fractal poderá se prender a intermináveis ciclos de renascimento, atraindo consciências e cenários condizentes, tanto nesta realidade, a chamada 3D, quanto em qualquer outra densidade ou dimensão.

Nobres fratres e sorores, não se deixem prender pelas ilusões mentais; estejam cientes de suas armadilhas. Em um momento posterior, explicaremos que nem mesmo somos esses seres mentais que se manifestam nas matrizes das formas, que são meros personagens de um livro. Somos algo além disso: os autores dessa obra, Seres Sublimes que observam essas realidades oníricas, além das limitações do tempo e do espaço, livres do prisma dualista que impera nessas existências.

Sinceros desejos de Ascensão
Conscendo Sodalitas