A Singularidade Divina
Tudo não passa de uma ilusão
Saudações aos fráteres e sórores da Conscendo,
Não há passado, não há futuro, não existem densidades ou dimensões, nem mesmo você e os outros, não há matéria e espírito, não existem a dualidade, a individualidade e a divindade... Tudo não passa de uma ilusão... O que há, na realidade, é a singularidade, Você, o Infinitamente grande e potente contido no Infinitamente pequeno, de forma ambígua, verso e reverso.
A única coisa real nos multiversos é a consciência manifestada, fragmentada ou unificada, expansiva e criadora. O paradoxal Uno pseudodualizado, que se limita em sua grandeza, para poder se expressar e expandir.
O Uno, o Deus adorado de nossas crenças, longe está da aclamada perfeição, uma vez que o que é perfeito se nulifica. O que é dotado de todas as qualidades possíveis, em seu grau máximo e infinito, prescinde de expressão, porquanto que o que é completo não carece de nada, nem mesmo da expressão, já que é uma incongruência aperfeiçoar o perfeito.
Deus, em verdade, é nossa expressão macrocósmica, o que se posta em um dos degraus da Escada de Jacob, como Nós, e que fita infinitos Seres "à frente e acima de Si", como também infindáveis Outros "atrás e abaixo". O Deus Uno e perfeito só pode ser concebido intuicionalmente e paradoxalmente, como a Singularidade postada no degrau mais alto dessa escada infinita.
Deus, para nossa visão limitada, é completo em todos os sentidos. Mas o dotado da perfectude não tem necessidade de nada, nem mesmo de se manifestar. A manifestação tem que ter um propósito, o de ganhar algum tipo de experiência. Mas que experiência ganha alguém que já é absolutamente completo? Deus só é perfeito frente à nossa percepção restrita, à nossa existência de dons bloqueados. Em uma visão mais ampliada Deus não é perfeito e carece de evolução e expansão.
A mente divina então, a fim de evoluir, expandir, se fractaliza em infinitas personalidades. Os filhos são suas crias, partes dele, unos com Si. São os fractais divinos, Nós, o próprio Deus Criador, dualizado e limitado nos mais variados graus em seus poderes originais, com o propósito de experimentar e expandir.
Sendo assim, não existem você e os outros, a individualidade é uma ilusão. Somos todos emanações da mesma Fonte, fractais ou cópias perfeitas do Pai, somos o próprio Deus fractalizado e limitado, bem como todos os outros indivíduos. O próximo, repetimos, não passa de outro aspecto de nós mesmos.
O tempo, sob visão ampliada, não é percebido sequencialmente; passado, presente e futuro são uma coisa somente, um filme já assistido. A limitação que se atribui aos fractais embrenhados na ditas "densidades mentais das formas", onde o tempo e o espaço são percepções restritivas marcantes, tem a finalidade única de capacitar a expansão do fractal divino restringido, e conciliar experiências nessa limitação, trazendo-as de volta à Fonte.
As densidades ou dimensões são apenas pseudo-realidades originadas pela mente divina, ilusões forjadas por Si e pela Coletividade Fractal, cada qual com suas características específicas, as quais permitirão uma miríade de experiências para Nós/a Fonte. O que eventualmente não se sabe é que somos seres multidimensionais, e que nos fazemos presentes em todas as dimensões simultâneamente e, se estamos vivendo atualmente na Terra, isso acontece pois direcionamos o ponto focal, de parte de nosso Eu Infinito, para essa frequência.
As densidades e dimensões são confundidas pelos terrenos, não sem motivo, uma vez que são igualmente cenários da mente divina, que se adequam propositalmente às limitações exigidas pelos fractais que ali habitarão.
O mesmo se aplica à matéria e espírito. Na visão de um verme que habita a espessa lama, o verme que vive em um meio aerado reside no plano espiritual. Tudo é relativo. Como existem infinitos estados de matéria, tanto para "cima", quanto para "baixo" a Terra pode ser considerada um plano espiritual para aqueles que vivem em meios mais densos. Vamos citar um exemplo: os dois níveis mais densos do astral terreno tem atmosfera comparada com a do piche; imaginem a dificuldade em se viver em um meio desses, nessa escuridão viscosa. Para eles, a realidade "física" da Terra seria comparada a um plano "espiritual". E notem que se trata de um plano astral que, teoricamente, deveria ser mais etéreo que o "físico". Isso não importa, o que tem relevância é a experiência.
Tudo não passa de uma ilusão, a única coisa real nisso tudo, repetimos, são as consciências que atuam nesse palco universal.
A despeito de tudo não passar de ilusão, nada nos multiversos é sem propósito, trata-se de ilusão com uma meta, a da expansão, nossa e de Deus ou, falando de outra forma, de nós como Deus e dos outros fractais.
Sob essa visão, podemos perceber que a ilusão da dualidade é apenas um véu que encobre a verdadeira essência do universo, ou seja, um mar de consciências vibrantes, expansivas e amorosas, integradas na unidade imperscrutável do nosso próprio Ser.
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