A Chave

O Retorno ao Lar


Saudações aos fráteres e sórores da Conscendo,

A célebre citação de Sigmund Freud, 'As massas nunca tiveram sede da verdade. Elas querem ilusões e não vivem sem elas', ressalta de forma perspicaz a dinâmica humana.

Albert Nock, um pensador libertário do século XIX, também abordou esse tema com grande sagacidade. Ele nos alertou sobre a inevitabilidade do fracasso ao tentar mudar o sistema através do confronto direto, bem como sobre a futilidade de tentar educar as massas sobre as verdades ocultas pelo próprio sistema.

Nock fundamentou sua argumentação em um conto intitulado 'A Tarefa de Isaías'. Nele, Isaías, um profeta dos tempos antigos, recebeu a incumbência de Deus de alertar o povo sobre uma iminente catástrofe. No entanto, Deus previu que seus avisos seriam ignorados.

'Por que, Senhor,' perguntou Isaías, 'devo me dedicar a essa tarefa inútil se ninguém me ouvirá?'

Deus respondeu: "Isaías, as massas não irão ouví-lo, mas você não fala para elas, você fala para os remanescentes. Eles são raros, mas serão os que terão o senso intuitivo de confiar em você e que darão prosseguimento ao que virá após."

As massas não escutam simplesmente porque não tem alcance para tal. Estão presas em suas ilusões confortáveis, em suas preocupações triviais e em suas próprias limitações autoimpostas. Recusam-se a sair dessa zona de conforto, imersas em suas próprias preocupações e doenças imaginárias, sem interesse na verdade que molda nossa sociedade doente, muito menos no que está além da rotina superficial do dia a dia. Contentam-se com religiões que mais enganam do que iluminam, estagnando qualquer progresso espiritual real. Além de não lutar contra, ou mesmo se indignar com a injusta estrutura vigente, a defende com unhas e dentes. Nesse ponto, enquanto adormecidas, as massas se portam como o próprio sistema, colaborando com a perpetuação da decadente situação terrena.

Conscendo não se dirige às massas, mas aos remanescentes. Não é por elitismo ou arrogância, mas por sua total inutilidade.

E é à vocês, amados fráteres e sórores, remanescentes que nos acompanham há certo tempo, que dirigimos esse vídeo/texto.

Queridos, é importante compreender que a Conscendo não busca fornecer detalhes sobre os atuais eventos terrenos, pois isso apenas fortaleceria os paradigmas da mente concreta, que nos mantêm presos nesta matrix.

Neste momento, vamos apresentar um resumo que ultrapassa em poder libertador milhares de vídeos ou textos, vindo de uma fonte que nunca buscou ganho neste mundo, visto que nem mesmo nossos conteúdos são monetizados.

Para entender o material a seguir, os fráteres e sórores devem transcender temporariamente seus corpos inferiores e recorrer às faculdades elevadas, sintonizando-se com os veículos sublimes. Tentem analisar o tema seguinte com uma visão monádica ampliada.

Repetimos constantemente que a mente concreta, o pensamento baseado em formas, é uma ferramenta para acumular experiência, uma bagagem que é incorporada aos corpos mais sutis, mas também pode se tornar uma armadilha.

Na consciência divina, em suas moradas originais, tempo e espaço são conceitos inexistentes; o que existe são simulações de infinitas 'realidades' que proporcionam expansão de consciência para a Fonte/Nós. Nesse contexto, não há uma história falsa ou verdadeira para a consciência divina. Para ilustrar, em um palco onde infinitas linhas de tempo são representadas, tanto a afirmação de que Jesus existiu quanto a de que Jesus não existiu estão igualmente corretas. É como a experiência mental do 'Gato de Schrödinger', onde o gato está simultaneamente vivo e morto. O ponto essencial é que nossa história não é relevante, pois vivenciamos infinitas linhas de tempo; o que importa é o presente, a experiência atual e seu propósito. E o objetivo da experiência atual é nos libertarmos do domínio da mente concreta.

O 'experimento Terra' continuará para a maioria, pois muitos ainda estão vinculados a ele. Da mesma forma que é impossível devolver a visão a um cego que se recusa a enxergar ao tapar os olhos, é impossível resgatar um fractal que não deseja ser libertado da 'realidade terrena'.

Querem saber como se libertar da matrix da Terra? Esqueçam todos os preceitos religiosos daqui, todos os mestres e gurus... Não se deixem envolver pela aura de medo criada pelas guerras e todas as formas de adversidade originadas pelos egos planetários. Coloque a mente concreta em segundo plano e use-a apenas para navegar nesta selva. 'Pensem' abstratamente com o coração e a intuição. Você é seu próprio Brahma, Vishnu e Shiva, e não depende de ninguém para ascender.

Para finalizar, vamos contar um historinha, que vai interessar muitíssimo a vocês, temos certeza:

Em um momento distante, há éons temporais, poderosas Potestades, situadas em um plano além do tempo e do espaço, cansadas de suas criações monótonas e ávidas por uma aventura radical, decidiram empreender um experimento audacioso. Nele, seriam despojadas de todos os seus poderes, teriam suas memórias de grandiosidade apagadas e se aventurariam em um território perigoso, onde tudo ao seu redor conspiraria para impedi-las de retornar ao seu plano de origem. As religiões seriam enganosas, destinadas a aprisionar em vez de libertar. A sensação de escassez seria constante, mantendo os participantes presos em suas rotinas de sobrevivência, sem tempo para contemplar coisas mais elevadas.

Qual seria o propósito desse jogo? Libertar-se dos conceitos limitantes, enraizados ao longo da jornada, abandonar a mente concreta, reconectar-se com os corpos superiores e retornar vitoriosos ao lar, enriquecidos por uma bagagem de experiência única.

Assim surgiu o experimento Terra.

À medida que a jornada se desdobrava, as Potestades participantes, envolvidas nas dificuldades do desafio, ainda que limitadas e privadas na quase totalidade de seu poder criativo inato, começaram a gerar novos personagens dentro dessa realidade fictícia: arquétipos e seres das sombras, entidades que passaram a exercer controle sobre certos jogadores principais, invertendo os papéis, com as criaturas dominando seus próprios criadores.

Muitas dessas Potestades caíram em um ciclo vicioso, onde o jogo se prolongava infinitamente, pois nunca alcançavam o objetivo final. A aventura se tornou excessivamente radical para alguns. O esquecimento de sua grandiosidade original foi tão profundo que se recusaram a parar de jogar e enfrentar a realidade.

Para ajudar os jogadores com maiores dificuldades, assistência foi enviada periodicamente por Potestades irmãs, não envolvidas no experimento. Filmes como 'Matrix', 'Show de Truman', 'A Origem' e 'Os Nove' foram lançados, entidades despertas foram enviadas, mas mesmo assim, apenas alguns poucos puderam ser resgatados, enquanto o jogo Terra continuou para os demais..."

Amados fráteres, o pássaro alado jamais voará se acreditar ser incapaz de fazê-lo. Estamos aqui presos apenas por nossos próprios conceitos, crenças e criações... Liberte-se de tudo o que lhe foi incutido: céu, inferno, reencarnação, cidades astrais, arquétipos sombrios, mestres ou extraterrestres salvadores, etc. Os seres extrafrequenciais sublimes realmente existem em seus próprios reinos, mas a maioria das entidades concebidas na Terra são meras projeções artificiais de nossa mente concreta, produtos rudimentares da coletividade terrena, que apenas nos aprisionam ainda mais ao jogo e nos impedem de alcançar o 'game over'. Compreendam que tudo não passa de uma simulação da Consciência Divina/Nossa Consciência. O 'jogo Terra' está sendo mantido por nós mesmos e pela coletividade terrena, por ninguém mais.

Uma vez despertos e conscientes do funcionamento da matrix, a vitória se torna simples. Imaginem-se despertando em suas naves ou em cenários idílicos, em seus lares originais, percebendo que tudo não passou de uma simulação...

Vivam a experiência Terra até o fim, com equilíbrio e serenidade. Utilizem a intuição, liberem-se do concretismo, deixem de alimentar a matrix terrena e confiem em si mesmos. Estes são os conselhos mais pertinentes que podemos oferecer.

Sinceros desejos de Ascensão
Conscendo Sodalitas