Ode ao Meu Planeta

O Jardim do Meu Despertar


Saudações aos Fratres e Sórores da Conscendo,

Meu diamante, planeta amado. Minha realidade escolhida. Minha única e linda Terra.

Quem se compara a ti? Ao multiverso que condensa em seu seio, em sua teia de vida tão intrincada e bela?

Quem, em meio a miríades de estrelas e galáxias, exibe uma diversidade tão rica de paisagens e biomas? Um palco de vida manifesta em uma sinfonia de formas, cores e sons, uma tapeçaria vibrante de existência. E, ao mesmo tempo, um enigma fascinante a ser desvendado.

Com que gratidão me sinto parte desse palco, uma joia rara que se estende desde desertos sob sóis implacáveis, que me fazem sentir a vastidão do tempo e do espaço, até florestas tropicais que pulsam com vida exuberante, onde o ar é denso e cheio de mistérios; montanhas majestosas que desafiam o céu e inspiram a alma; e oceanos misteriosos que abrigam maravilhas inexploradas, que me fazem mergulhar em profundezas desconhecidas. Sinto em ti o calor do sol que alimenta a vida, os cheiros adocicados das flores, o som das ondas que sussurram segredos antigos e a textura reconfortante da terra sob os pés.

Já estive em outros lares, outras dimensões, onde a energia vibrava de forma diferente, mas percebi aqui o elo cósmico, o ponto de convergência de todos os caminhos, de seres como eu, oriundos de todas as partes do universo, onde nossa jornada evolutiva se desenrola de maneira tão ágil.

Em ti encontrei as mais belas peças de arte, a melhor e mais sensível música, as mais belas pinturas, os romances mais dramáticos, oriundos das experiências extremas que você proporciona. Uma dança de vida que nos transforma e nos inspira a cada instante.

Danças uma música dissonante nessa linha do tempo, onde és agredida em tua essência, não apenas pela poluição que te sufoca e as cicatrizes que marcam sua pele, mas principalmente pelas frequências sombrias do ódio, da ganância, da desigualdade e da ignorância que ressoam em seu palco. Cada conflito, cada exploração insensível e cada ato de opressão, vibra em suas entranhas, distorcendo a sinfonia da vida que reside em ti.

Mas em meus devaneios, alço voo para uma outra linha de realidade, onde cruzo livremente seus céus de um azul índigo profundo, extasiado por suas paisagens sem limites, mergulho em seus mares cristalinos, rendido à imensa formosura de seus recantos e me embrenho em suas cavernas, moradas de incontáveis companheiros. Nessa vida paralela, liberto-me das correntes do tempo, onde não há fronteiras que separam, nem conflitos que dilaceram, nem desconfiança que corrói, e onde nossos espíritos, em perfeita harmonia, celebram a união.

Venho aqui, Terra amada, para declarar que não invejo nenhum outro mundo, pois és completa. Não me arrependo em nada da jornada que escolhi trilhar em ti, e foi somente em teu abraço acolhedor que me libertei das ilusões que me aprisionavam, e por isso, te guardarei para sempre em meu coração.

E assim, carregando em minha alma a memória de sua perfeição, me elevo para além das limitações do tempo e do espaço, pois sei que a natureza do seu ser, esse diamante cósmico, transcende qualquer forma ou dimensão. Nosso elo é eterno, e a sua sinfonia de vida, em todas suas manifestações, continuará a ecoar através dos universos, em celebração à beleza e à unidade.

Sinceros desejos de Ascensão
Conscendo Sodalitas