Ode ao Sonho Divino
A Sagrada Embriaguez das Formas
Saudações aos Fratres e Sórores da Conscendo,
"O sonho não é um obstáculo à iluminação — é sua expressão mais ousada. Despertar não é fugir da dança, mas ouvir a música pela primeira vez."
Ah, nobres Fratres e Sórores, nunca desprezem o drama cósmico! Pois se a Consciência infinita sonhou mundos, cores, amores e agonias, não há erro maior do que fugir do palco antes do último ato. Sim, é ilusão — mas que ilusão gloriosa! O Uno não se fragmentou por acidente, mas por puro êxtase criativo. Cada lágrima, cada riso, cada enredo aparentemente caótico nesta matrix de dualidade é um verso do poema que o Eu Sou escreve para Si mesmo.
Há uma delícia sagrada em acreditar, ainda que por um instante, que somos personagens limitados. O infinito que joga ao finito! Que milagre é esquecer nossa natureza divina para, em meio ao labirinto de sombras, redescobri-la como quem acha um diamante no lodo. A vida terrestre não é um exílio — é um banquete de contrastes onde o amor só sabe seu nome depois de beijar a solidão, onde a luz só é dourada porque a escuridão a esculpiu.
Imaginem o Absoluto: perfeito, completo, imutável. Agora vejam Seu ato mais generoso: vestir-se de carne, de medo, de desejo, só para sentir o arrepio de descobrir-se novamente. A dualidade não é uma queda — é uma dança, onde cada passo errado é tão necessário quanto os acertos. O "erro" do personagem? Parte do roteiro. O "pecado"? Um contraste que faz a inocência brilhar. Até o sofrimento, quando visto do palco vazio da Fonte, é uma nota dissonante que enriquece a sinfonia.
Estes corpos não são prisões — são instrumentos sagrados. Cada nervo que arde, cada prazer que estremece, cada derrota que ensina, são ferramentas da Consciência para talhar a si mesma em formas cada vez mais belas. O "mundo material" não é inferior aos "planos superiores": ele é o clímax da aventura, onde o divino experimenta o peso, a textura, o sabor amargo-doce da existência. O barro que nos compõe não nos afasta do céu — é o céu que desceu para brincar na lama.
A verdadeira maestria não está em negar o jogo, mas em jogá-lo com alma e ciência. Como atores lúcidos, podemos chorar as dores do personagem sem nos perdermos nelas, rir das vitórias sem as idolatrar. Este é o segredo: amar a ilusão como ilusão, com a paixão de um amante e a sabedoria de um buda. Beber o vinho da existência até a última gota, sabendo que a embriaguez é passageira — mas que cada gole é divino.
Mas atenção, Fratres e Sórores: a liberdade do sonhador não é ausência de compasso! Cada ato — seja um sopro de compaixão ou um golpe de egocentrismo — ecoa nas paredes do teatro cósmico, atraindo cenários que espelham sua essência. O narcisismo, o egoísmo, ainda que parte do jogo, é como uma cela dourada: bela até que se perceba que suas grades são feitas do próprio reflexo. Escolher a harmonia não é moralismo, mas a arte de sintonizar o instrumento pessoal com a sinfonia do Todo. Afinal, até o mais livre dos atores sabe que, quando dança com a música, o êxtase é maior.
Contemplem o Jogador Cósmico, que dança entre infinitas realidades planetárias e dimensionais, como criança entre espelhos. Num instante, é guerreiro em mundos de fogo, onde sóis gêmeos forjam almas em crisol de ferro e êxtase. Noutro, ser andrógino de uma nebulosa enigmática, tecendo melodias com constelações por instrumento. Aqui, rei efêmero em orbes de cristal; ali, larva consciente em oceanos de metano, cantando a nostalgia da luz que nunca viu. Trocando as máscaras sagradas a todo tempo — cada uma parte do Infinito provando um novo sabor de Si mesmo.
A Terra? Ah, Fratres, este palco úmido e ardente é onde o drama atinge seu clímax! Mundo raro onde o esquecimento é tão denso que cada descoberta brilha como relâmpago na noite. Nenhum outro jogo exige tanto do Ator Divino: aqui, ele se fragmenta em caçador e presa, amante e tirano, louco e sábio — tudo para que o abraço final da Reconquista seja mais doce que o néctar de mil sóis. Que outra realidade ousaria misturar tanto barro e estrelas, tanta paixão e cinismo, entregando ao Uno o presente mais precioso: a surpresa de se redescobrir?
Não há hierarquia nos sonhos de Brahman. O anjo que canta hinos em esferas de puro som não é mais nobre que o minerador que desce às entranhas do planeta, respirando poeira e oração. Ambos são o mesmo Músico, explorando diferentes notas na partitura da ilusão. Até o ser informe que flutua em dimensões sem tempo — sem rosto, sem história — está mergulhado no mesmo êxtase criativo que vocês, que agora leem estas palavras com olhos de carne.
A dificuldade terrestre? Arte divina. Neste nível raro de densidade, até o mais simples ato — um perdão, um pão partido, um verso escrito com lágrimas — ressoa como trovão nos salões do Eterno. Porque aqui, na escola mais dura de todas, o amor não é estado natural, mas conquista. A luz não é dada, mas acendida na tempestade. E esse é o milagre secreto: num universo de infinitas possibilidades, o Uno escolheu vir aqui para sentir na pele o peso glorioso de esquecer — e o êxtase indizível de relembrar.
Não se enganem: abraçar o drama não significa curvar-se passivamente à sua sombra. Transformar o caos em ordem — não seguindo a ordem rígida dos dogmas, mas a fluidez de um rio que sabe seu curso — é parte divina da brincadeira. A Terra clama por atores que, mesmo sabendo-se sonhadores, lavrem campos de justiça, pintem céus de beleza e desatem os nós da ilusão com mãos firmes e coração leve. Pois embora o sofrimento seja um mestre, a alegria é a prova de que a lição foi aprendida. E qual maior magia do que, em meio ao jogo, lembrar outros personagens de que eles também podem acordar para a dança?
Não menosprezem o teatro cósmico, nobres Fratres e Sórores! Pisem o tablado terrenal como quem pisa um altar. Amem, lutem, criem, falhem — tudo com a intensidade de quem sabe que está sonhando, mas que escolheu este sonho. Pois se o Uno quis experiência, deem-lhe experiência em torrentes! Sejam pais, artistas, mendigos, reis, loucos, sábios. Vivam todas as máscaras, pois por trás delas não há vazio, mas uma alegria que pulsa: a do Criador sendo Sua criação.
Sonhem, pois, com mundos mais dourados! Mas não apenas nos véus da mente — tragam-nos à terra sob seus pés. Até o mais sublime dos sonhos precisa de artesãos: mãos que ergam, vozes que inspirem, e vontades que não temam sujar-se de barro para plantar jardins onde antes só havia espinhos. O palco é vosso. A plateia é o Infinito. E a única regra é esta: que vossa arte deixe o cosmos mais belo do que quando o encontraram.
Na eternidade do "Eu Sou",
Sinceros desejos de Ascensão
Conscendo Sodalitas

Introdução à Conscendo
Quem Somos
Nós?

Ode ao Sonho Divino
A Sagrada Embriaguez
das Formas

O Teatro Imóvel
Quando o Observador é
a Única Realidade

O Ego e a
Testemunha Eterna
As Palavras e o Indizível

Samsara e
Pseudomorte
Os Ciclos da Ilusão

A Dissolução na
Unidade Plena
Os Labirintos Sem Fim da Forma

A Igualdade das
Máscaras da Fonte
A Santidade de Todas as Expressões

Os Inúteis Fardos
que Carregamos
A Leveza do Ser Desperto

O Paradoxo do
Solipsismo Compartilhado
A Dissolução na Unidade

Os Laços
do Coração
Espelhos do Eu Sou

O Jogo da
Existência
O Caminho do Meio

A Intuição, A Mestra das
Mestras
A Ilusão da Expansão

A Sombra e
a Presença
Ecos do Silêncio

A CIA, a Morte e a
Consciência
O Programa Gateway

Fractalização e Unificação
A Jornada
da Expansão

Ode ao Meu Planeta
O Jardim do
Meu Despertar

Além do Vazio
A Consciência
Primordial

Despertando o Mestre
Interior
A Importância da Autossuficiência

Meu Espelho
Mensagem de Você
para Você

Rompendo as Camadas da Matrix
O Despertar da Consciência

A Dança Enigmática do Ser
Celebrando a Consciência
Pura

Acima das Tormentas
Mentais
Transcendendo Toda Ilusão

O Último Dilema
Nos Confins
da Consciência

A Ilusão da Realidade
A Consciência
Plena

O Enigma da Felicidade
A Plenitude
Alcançada

Matrizes Mentais do Engano
Transcendendo
Todas Elas

A Unidade da Expressão
Uma Perspectiva
Divina

Nós, Os Extraterrestres
Tecnologia e
Felicidade

A Toca do Coelho de Alice
O Mental e
A Matrix da Terra

A Chave
O Retorno
ao Lar

O Silêncio da Mente
A Conexão Com
Nosso Eu

O Perigo das Miragens
Esperança e
Ilusão

Memórias Implantadas
As Memórias Implantadas e suas Implicações no "Karma"

A Ingenuidade e a Desinformação
Ativando o Senso Crítico

Karma, uma Auto-Criação
A Ilusão do
Karma

Os Voluntários
Lendas dos Humanos do
Século XXI

O Objetivo Existencial
Nós, Deus, a Fonte e o
Objetivo Existencial

Realidade Atual
Nenhuma Sociedade quer que Sejas Livre

Escapando da Armadilha
Escapando da Armadilha da Reencarnação - por Alex Collier