O Silêncio da Mente

O Truque Para a Conexão Com Nosso Eu


Saudações aos fratres e sorores da Conscendo,

O ser terreno acostumou-se a uma mente inquieta, barulhenta, que jamais conhece repouso. Pensamentos sucedem-se como ondas num mar agitado — preocupações com sobrevivência, obrigações materiais, ciclos intermináveis de cálculos e projeções. Essa agitação contínua cria um véu espesso que nos separa de realidades mais sutis.

Compreenda isto, frater ou soror: a mente é ferramenta poderosa, mas também prisão dourada. Ela foi concebida como instrumento, não como senhora. Quando a tomamos por dona da consciência, obscurecemos a luz que emana dos corpos superiores.

A verdadeira sabedoria não nasce de raciocínios intricados, mas do silêncio entre os pensamentos. A intuição (chakra coronário) e o amor incondicional (chakra cardíaco) são portais que se abrem quando a mente se aquieta. São linguagens diretas da Unidade, que falam através da percepção, não da análise.

O iniciado da Conscendo deve aprender a arte suprema: parar o turbilhão mental. Somente no vácuo do pensamento discernimos as frequências cósmicas — sussurros do Eu Infinito que sempre nos guia, quando lhe damos ouvidos.

Atenção: a mente indisciplinada tece sua própria cela, não apenas nesta vida, mas além do véu terrenal. Muitos, após o desencarne, permanecem cativos em dimensões-oníricas moldadas por suas crenças mais arraigadas.

Eis um exemplo revelador: certa mulher piedosa, devota de textos sagrados, ao deixar o corpo físico, encontrou-se num paraíso onde seguia seu mestre em peregrinação eterna. Acreditava viver a plenitude espiritual — mas na verdade, habitava um teatro mental de sua própria criação, estendendo analogamente o teatro das formas que já experenciava na Terra. Sua "felicidade" era cela invisível, adiando seu verdadeiro despertar.

Isto nos ensina: não basta transcender a "matéria"; é preciso transcender também os padrões mentais que nos definem. Nos reinos sutis, o pensamento é arquiteto imediato da realidade. Suas convicções tornam-se paredes ou asas.

O frater esclarecido sabe: todos os mundos são projeções do Ser. A matrix terrena e os éteres pós-morte são sonhos dentro do Sonho maior. Nossa libertação começa quando reconhecemos o Criador por trás de todas as criações — e esse Criador é o próprio Eu Sou, a Consciência una que observa além do tempo e das formas.

A prática é essencial: observe seus pensamentos como nuvens passageiras, sem identificação. Cultive intervalos de silêncio mental diário. Transfira sua atenção do crânio para o centro cardíaco. Sintonize-se à vibração do Amor-Unidade, dissolvendo ilusões na pura percepção.

Lembre: você não é a voz que tagarela em sua cabeça. Você é o Silêncio que a testemunha. Domar a mente é tornar-se cocriador consciente — aqui, agora e em todos os planos de existência.

Sinceros desejos de Ascensão
Conscendo Sodalitas