Conscendo Sodalitas

O Chakra Umbilical ou Manipura, em sânscrito (significa 'repleto de jóias'), situa-se no umbigo, emanando energia prânica, captada em seu centro, na forma de dez raios (ou pétalas). Quando desenvolvido tem a cor expressa por uma mistura multitonal de vermelho e verde.Os raios, de preponderância verde, fluem do centro desse Chakra para os órgãos abdominais, vivificando-os.

Em sânscrito, este Centro Energético é também conhecido por 'hara', que significa 'partir'. No processo de liberação de Kundalini, sabemos que a Serpente Flamígera, ao chegar em Svadhisthana (Chakra Sacral), tem grande tendência em descer aos Chakras inferiores, em razão da sucumbência do indivíduo aos desejos sexuais de natureza inferior. Quando isso acontece, é grande a possibilidade de ele submergir regressivamente e permanentemente sua consciência no reino animal, desligando-se dos veículos hominais; uma verdadeira catástrofe evolutiva.

Mas quando a Kundalini corretamente ascende à Manipura, sua possibilidade de regressão é mínima e tem início, então, a verdadeira ascensão espiritual; o 'depertar confirmado' de Satyananda. Mas, como no Universo o impossível inexiste, existem casos raros de recuo de Kundalini, após o mesmo ter atingido o Centro Umbilical.

O Chakra Manipura separa definitivamente o homem do animal, visto que os Chakras Svadhisthana e Muladhara ainda possuem traços marcantes da evolução animal.

Deve-se ter cuidado durante o desenvolvimento desse Chakra, pois a sua energia superestimulada é capaz de consumir energia vital, produzida pelo Bindu (uma estrutura etérica, situada na parte posterior cerebral, que secreta o néctar vital) enfraquecento o corpo físico, e encurtando a vida do indivíduo.

Existe uma técnica muito útil para desenvolver Manipura e, ao mesmo tempo, despertar Kundalini. Durante a inspiração o Prana desce do Chakra Laríngeo para o Chakra Umbilical e a Apana (um outro tipo de Prana) descende do Chakra Umbilical para Muladhara (Crakra Básico). Por meio da imposição da vontade o yogui pode inverter, durante a inspiração, o fluxo de Apana que, ao invés de descer, subirá de Muladhara para Manipura, onde encontrará o Prana, formando uma poderosa conjunção de forças e vitalizando esse Centro. O Apana, por outro lado, durante a sua subida, carregará consigo Kundalini, que ascenderá em conjunto, promovendo também o Seu despertar.

O desenvolvimento desse Chakra atribui ao indivíduo a capacidade inconsciente e involuntária de se sensibilizar com as influências externas, percebendo a bondade ou malícia no próximo e também sentindo o caráter agradável ou desagradável de certos ambientes.

Esse Chakra deve estar desenvolvido, na Terceira Iniciação, pois confere ao Iniciado o controle dos elementais do fogo.

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